quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Desabafo!

Darei um tempo no conto, pois tenho um desabafo a fazer...


Vestibular!!!
Você estuda, se prepara, sonha, cria planos, toma decisões importantes, precisa decidir em pouco tempo que carreira seguir, tem mil pessoas que torcem, apoiam, esperam algo de você...
Você se mata pra fazer algumas mil provas, se estressa com os problemas que envolvem essas provas, acaba por voltar em alguns lugares um tanto nostálgicos (pelo menos pra mim, que fiz prova no CPII, colégio que abandonei e junto com ele a minha paz e alegria e força de vontade de continuar estudando e ser alguém na vida) e, no final, vem os resultados...
Recebi o primeiro resultado, UFRJ e... não passei... Daí eu penso, "tudo bem, não queria ir pra la mesmo... ainda tem as outras opções..."
Então vem a segunda parte... SISU... Vamos lá fazer a inscrição e.... ooops, o site tá fora do ar...
Depois de MUITAS tentativas, consegui fazer a primeira escolha... E... "legal, minha nota tá melhor que a nota de corte" *sorri, grita, comemora e conta pra todo mundo*
Até que uma boa alma chega e diz "não vai contando vitória, até o final essa nota de corte aumenta..."
No segundo dia, ainda a tentativa de fazer a escolha da segunda opção... E o site novamente fora do ar...
Mas a nota de corte ainda amigável... (aliás, a nota de corte saiu no segundo dia, então meu segundo dia de tentativa foi o terceiro -e deveria ser o último- dia de inscrição)...
No quarto dia (no caso hoje) e terceiro dia de tentativas, consegui entrar novamente na página de inscrições e... MEU DEUS, PERDI!!! A NOTA DE CORTE AUMENTOU!!!
Agora preciso que aproximadamente 125 pessoas desistam dessa escolha...
Mas, fiz a inscrição da minha segunda opção, em um lugar um tanto distante...
Espero conseguir Enfermagem na UNIRIO, que é minha primeira opção...
Se não, vamos fazer Produção Cultural em Nilópolis (será?)


Eu sinceramente espero que ano que vem essas coisas estejam menos traumáticas...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

pt. 1

Ela estava confusa, não sabia mais o que fazer.  Todos os seus planos estavam correndo por água abaixo. Seu namoro não andava muito bom e seus pais haviam acabado de se separar, o que foi mais um baque surdo em sua mente.
Sua mesada foi cortada, pois sua mãe, que era quem lhe dava dinheiro sempre, precisou se mudar, e agora sustentava sozinha uma casa. Seu pai nunca fora a favor de mesadas, sempre disse que dinheiro se conquistava com muito trabalho.
Suas amigas, sempre muito ricas, esbanjavam dinheiro e poder, e ela não pertencia mais a esse mundo. Seu namorado não conseguia entender de onde vinha tanto orgulho em não aceitar sequer um presente.
As coisas na faculdade também não estavam boas. Ela começou a sentir na pele o que é a frustração de não saber quem é ou o que quer fazer. O curso que escolheu já não a satisfazia, não conseguia mais ver futuro. Ela perdera a luz no fim do túnel.

Depois de um dia de brigas e discussões, ela foi caminhar na beira da praia. Sentou bem no alto da pedra do Arpoador e observou o por do sol. Depois somente observou o mar que vai de encontro à morte e dela sobrevive. Se deixou absorver pelo som das águas que se atiram nas rochas, pra voltarem pro sei leito e descansar em paz.
Refletiu bastante e pensou em se entregar, assim como o mar, ao seu fim trágico e cruel. Ligou para o namorado, terminando tudo. Ligou pra mãe e disse que a amava. Ligou pro pai e disse que, apesar de todos os desentendimentos e todas as vezes que ela chorou por causa dele, ela também o amava. E se jogou.
Sentiu seu corpo bater inerte nas rochas, sentiu o peso das águas empurrando sua matéria para o fundo, sentiu o sal da água em seus lábios, sentiu medo, seguido de uma sensação de alívio, por não ser mais um peso pra todos que ela amava.
E depois não sentiu mais nada.


CONTINUA...