segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Angel, Sweet Angel

Anjo, doce anjo
Porque me sinto tão inferior?
Porque fizeste isso comigo?
Porque negaste tudo?
A vida já está tão complicada pra mim
Não preciso disso, concorda?
Quero muito me achar...
Quero sorrir de novo...
Mas não superficialmente...
Quero um sorriso sincero,
Honesto,
Verdadeiro...
Quero sair do vale das sombras
Da floresta sombria
Dos espinhos que reinam dentro do meu ser...
Só peço uma coisa,
Deixe-me viver de novo...

sábado, 18 de setembro de 2010

I cry.. She cry..

E ele a viu chorar
E aturdido perguntou:
- Porque choras, meu amor?
E ela, em meio as lágrimas, respondeu:
- Por que te amo,
Por que te quero,
Por que desejo ter o prazer de estar ao teu lado
Saboreando sua companhia..
Por que meu maior medo era o de te perder
Por que era difícil acreditar que nossos momentos juntos não passavam de um sonho bom
Sonho esse que iria acabar
E, com um baque surdo, acordei
E percebi que tinha caído do abismo profundo que eu cavara com meus pés
Percebi também que não sei viver sem sua presença
Sem tua voz doce me fazendo rir
Sem teus beijos ardentes de paixão
Sem teus braços a me abraçar
Sem teu hálito quente sobre minha pele
Sem teu amor prefiro a morte..

sábado, 11 de setembro de 2010

Pedras, Cigarro e Cerveja...

                Ana se sentia completamente só, mas não sabia por quê.. Por mais que estivessem ao seu redor, ela sentia que algo faltava..
                Sentia uma saudade imensa de algo ou alguém, mas não fazia idéia do que..
E, por mais sozinha que se sentisse, não o estava..
                Ana quis ficar totalmente só.. Vagou sem rumo por ruas completamente lotadas, até que reconheceu o lugar aonde foi parar.. Sempre ia naquele lugar quando criança, pois era calmo, solitário, sem alguém que pudesse atrapalhar seus pensamentos mais mórbidos e seus desejos mais sórdidos..
                Acendeu um cigarro, abriu uma cerveja e observou..
                Passou horas olhando o mar, que se debatia ao encontro das rochas.. O som do oceano era a única coisa que ela ouvia.. O cheiro suave de maresia lhe fazia bem.. O horizonte era o infinito.. Nada podia macular a paz que aquele lugar lhe proporcionava..
E Ana chorou.. Não porque estivesse triste, mas emocionada.. Ela não sabia que, após tantos anos, aquele lugar tão comum ainda pudesse lhe fazer tão bem..
E Ana adormeceu.. E sonhou.. Um sonho tão doce e profundo que se sentiu criança novamente, livre de todo o mal, livre de qualquer dor..
E acordou sorrindo, sem se lembrar o que lhe causava tanta dor até aquela tarde..

Nota...

Caros leitores, venho por meio desta dizer que, devido a arrumações em meu guarda-roupa, encontrei muitos textos ou fragmentos de textos perdidos por lá, e resolvi digitalizá-los..
Tentarei intercalar os antigos com os novos, sempre deixando o ano no início ou fim, porque achei divertido..

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Em uma manhã de terça feira, uma professora de português pede aos seus alunos que façam uma redação. . Nesse meio havia mínimo e máximo de linhas, título e etc..
Como sempre, cheguei atrasada (07:30 pra aula as 07h).. Em +- 20 minutos, a redação estava completa. Restava apenas passar a limpo. Em uma hora, estava nas mãos da professora, e eu com uma 3ª via, pra postar pra vocês, caros leitores..
Resolvi desconsiderar o título, pois detesto títulos.. Segue nas próximas linhas meu texto..



Ana era jovem, porém não mais tão ingênua. Tivera uma infância pobre nas ruas sujas do porto Londrino. Sua mãe falecera ao lhe dar a luz e a única família que conhecera era o pai. Um pescador que, quando não estava no mar, estava caído pelos bares imundos, bêbado até a alma.
                Desde cedo Ana aprendera a se virar pra conseguir o que comer. Passava o tempo pedindo dinheiro pelo subúrbio de Londres. Quando não conseguia dinheiro suficiente, furtava o que comer.
                Quando completara 15 anos, seu pai falecera em um naufrágio, e Ana ficara completamente só. Ana, que já não era mais uma criança, começava a não conseguir mais dinheiro como pedinte.
                Após alguns meses da morte de seu pai, conhecera uma cortesã, que se encantara com sua beleza delicada e seus traços infantis, e a seduziu com promessas doces e quase sinceras de mudança de vida.
                Ana já não se chamava mais Ana. Agora era Rebecca. Reb pros mais íntimos. Reb mal chegara à puberdade e já vendia seu corpo pros homens sujos do porto, em troca de algum dinheiro e algo pra comer.
                Aos 16 anos, Reb se mudou para um cabaré na Baker Street. Aos 18, virou uma dama de companhia. Ia pra cama com homens ricos, burgueses, monarcas. Sentia nojo deles. Uma vez na casa dos clientes, furtava algum pequeno objeto de valor.
                Ana, ou Rebecca, era uma jovem mulher bastante desejada. Até que, aos 21 anos, foi pega furtando algumas jóias de um cliente um tanto agressivo que, tamanha era sua raiva, assassinou a jovem que mal desfrutara de sua curta passagem pelo mundo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Anjo, doce anjo..
Quero que me ame,
Quero que me possua,
Quero me sentir segura por estar em teus braços...
Quero poder me sentir completa
Por simplesmente saber que você existe..
Quero poder amar sem culpa..
Quero poder me entregar sem medos..
Quero que o agora dure, e que o amanhã não chegue..
Quero poder não ter medo do que virá..
Quero não ser volúvel..
Quero que não sejas inconstante..
Quero saber que em ti eu posso confiar,
E contigo posso contar..
Quero que saibas que penso em ti, meu Anjo,
A cada batida de meu coração,
A cada desejo de meu corpo
Que somente clama pelo seu..
Quero ser e te fazer feliz,
Como nunca fui capaz em minha humilde existência..
Ela só queria amar..
Queria ser feliz..
Queria poder se entregar sem medo, sem culpas, sem pensar..
E foi o que fez..
Porém, o depois não foi doce como uma fruta..
O depois foi amargo, foi volátil como o mais puro éter..
Ele simplesmente desapareceu,
Como se nunca tivesse existido..
E ela se foi..
Pra um lugar aonde todos os dias são manhãs,
Onde sempre faz sol,
Onde a dor é uma mera lembrança de tempos que já se foram..